Assistência amplia diálogo com autoridades paraguaias para fortalecer combate à exploração de mulheres e


 O pedido para fortalecimento de ações com intuito de estabelecer um novo protocolo, e maior efetividade nos trabalhos de intervenção a mulheres e crianças paraguaios em situação de mendicância nas ruas de Foz do Iguaçu, foi levado na manhã de ontem ao Consulado Paraguaio.  Integraram a mesa de reuniões, além da Assistência Social, membros dos Conselhos Tutelares e Guarda Municipal.

 

O trabalho de intervenção vem sendo realizado continuamente pela secretaria de Assistência Social, com apoio da Guarda Municipal para o atendimento a crianças e mulheres sem documentação em situação de vulnerabilidade e de exploração no lado brasileiro. “Sabemos que essas mulheres não vêm sozinhas para Foz, alguém organiza isso e já identificamos isso no ano passado, agora precisamos iniciar uma ação que possa estancar essa atividade, que tem como única finalidade explorar essas pessoas”, disse o secretário de Assistência Social, Elias de Souza Oliveira. 

 

O pedido para fortalecimento de ações com intuito de estabelecer um novo protocolo, e maior efetividade também no país vizinho foi levado ao Consul do Paraguai em Foz do Iguaçu, Luiz Copari. “Infelizmente não temos mecanismos para buscar essas pessoas e transportá-las de volta ao Paraguai. Sabemos que a falta de documentação é parte da estratégia que utilizam para não serem pegos no Brasil”, comentou. 

 

Para Oliveira a existência de um esquema por trás dos grupos é evidente e precisa ser combatido com maior efetividade. “Menores paraguaios atravessam a ponte sem nenhuma dificuldade, precisamos avançar nas medidas e ampliar o diálogo com as autoridades. Do contrário nossas abordagens serão inúteis”, disse Oliveira. 

 

O trabalho realizado, com apoio da GM, é feito diariamente quando equipes da Assistência atendem denúncias e fazem rondas em pontos estratégicos da cidade. Os menores são abordados e recolhidos, antes de serem trasladados ao país vizinho. A reincidência é frequente e a não punição favorece a reincidência. 

 
Integração
 

O secretário de Segurança, Reginaldo Silva acredita que o envolvimento de outras forças policiais seja fundamental. “Precisamos manter uma conversa com outras forças policiais como a Polícia Civil e a Polícia Federal. Vamos primeiro estabelecer essa rede do lado de cá, e depois fortalecer com a ajuda dos paraguaios”. 

 

A criação de um cadastro com fotos para identificação do grupo também foi sugerida durante a reunião, para tentar facilitar a identificação dessas mulheres e crianças.  Membros da Assistência se comprometeram a fazer uma visita ao Codene (órgão similar ao Conselho Tutelar no Brasil) em busca de novas resoluções para responsabilização e criminalização dos envolvidos.